Fabricado em Toluca, no México, o modelo é exportado para a Europa e também para o Brasil, onde tem preço a partir de R$ 81,9 mil na versão Emotion (cinco lugares) e R$ 86 mil na Precision (sete lugares), topo de linha – ambas equipadas com motor 2.4 16V gasolina de 172 cavalos de potência e 22,4 mkgf de torque, e transmissão automática seqüencial de quatro marchas.
O G1 avaliou a nova aposta da marca italiana em um test-drive de aproximadamente 80 km em trechos urbanos e rodoviários na região do Guarujá, litoral de São Paulo. A configuração escolhida foi a Precision, que, de acordo com os executivos da Fiat, deverá representar 75% das vendas do modelo, projetadas para ‘transitar’ entre 1.000 e 1.500 unidades por mês.
Design
Por fora, o Freemont não impressiona. Ele é igual ao Journey, apresentado por aqui em agosto de 2008. O modelo ganhou apenas alguns retoques, como nova grade frontal com símbolo da Fiat e lanternas traseiras com iluminação em LEDs. O resto é idêntico ao Dodge, inclusive os vincos marcantes, os ângulos agudos (nada de ser ‘quadrado arredondado’, como dita a moda automobilística) e a linha de cintura elevada. Assim como o Journey, o Freemont tem personalidade.
Em comparação ao Dodge Journey, Freemont tem poucas modificações estéticas (Foto: Divulgação) |
Acelerando
Na teoria, o SUV italiano baseado no crossover americano não empolga. Enquanto o Freemont traz motor de quatro cilindros 2.4 16V derivado do Chrysler PT Cruiser e caixa automática de quatro velocidades, o Journey trazia motor 2.7 V6 de 185 cv e transmissão de seis marchas. No entanto, quando se aperta o botão ‘start/stop’ (nada de chave no contato) e se pisa no acelerador, o Fiat agrada.
A primeira boa impressão fica por conta do silêncio na cabine. O isolamento acustico foi muito bem feito. Trafegando a 120 km/h, o velocímetro marca somente 2.500 rpm e é possível conversar com os demais ocupantes sem ter que levantar a voz.
Os 22,4 mkgf de torque disponíveis a 4.500 rpm são suficientes para ‘empurrar’ os cerca de 1.800 kg distribuídos pelos 4,88 metros de comprimento (2,89 m de distância entre os eixos). Também herdada da Chrysler, o câmbio de quatro marchas tem bons engates e consegue atender às exigências do motor. Um maior número de marchas, no entanto, poderia tornar o Freemont mais interessante ao volante.
Versão topo de linha Precision tem rodas de liga leve de 17 polegadas (Foto: Divulgação) |
Melhor que o Journey
O Freemont é superior que 'irmão' mais velho em questão de acabamento. As peças plásticas, cromadas e emborrachadas estão bem encaixadas e não apresentam rebarbas. Os bancos revestidos em couro (opcionais apenas para a versão topo de linha, assim como o teto solar) agregam requinte ao interior.
Interior do Freemont tem acabamento de boa qualidade (Foto: Divulgação) |
Espaço também é o forte do Freemont. Todos os ocupantes viajam sem problemas nas duas primeiras fileiras de bancos. Na terceira – disponível também apenas na opção Precision –, as pessoas de estatura mediana (até 1,75 m) também não encontram problemas com a cabeça ou com as pernas. As portas traseiras com abertura de 90° facilitam o acesso. Com os sete lugares ‘armados’, a capacidade de carga é reduzida para 145 litros.
O motorista também é bem tratado. Com ajustes elétricos do banco, é possível encontrar a melhor posição ao volante sem dificuldades (destaque para a excelente visibilidade). A tarefa é facilitada com as regulagens de altura e profundidade da coluna de direção.
Linha de cintura elevada e vincos marcantes foram herdados do Journey (Foto: Divulgação) |
Crossover ou SUV ?
Durante a apresentação do Freemont, a Fiat o classificou como um utilitário esportivo. No entanto, há três anos, quando apresentou o Journey aos brasileiros, a Dodge o chamou de crossover. Segundo Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat Automóveis, a decisão por chamar o Freemont de SUV partiu das clínicas realizadas pela marca, nas quais as pessoas entrevistadas se referiam ao modelo como utilitário esportivo. Por isso, nas propagandas que a montadora italiana irá veicular em breve, o Freemont será chamado de ‘utilitário esportivo’. É preciso apenas tomar cuidado para que os modelos não tenham uma crise de identidade.
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