A Nissan lançou oficialmente nesta sexta-feira (10), a poucos dias da apresentação da nova Chevrolet S10, a linha 2013 da picape Frontier. A principal mudança ocorreu no motor turbodiesel 2.5 16V, que recebeu aumento de potência e torque. Outra novidade importante é a oferta de ABS e airbag como itens de série desde a versão básica, a XE, que não tinha direito a tais equipamentos sequer como opcionais. O modelo, claro, também ficou mais caro: os preços vão de R$ 90.990 a R$ 128,9 mil. A linha 2012 começava a partir de R$ 85.990, segundo o site da montadora. Confira os preços da Frontier 2013:
XE 4x2 – R$ 90.990
XE 4x4 – R$ 98.990
SE 4x2 Attack – R$ 98.990
SE 4x4 Attack – R$ 106.990
LE 4x4 manual – R$ 118.990
LE 4x4 automática – R$ 126.490
LE 4x4 Attack automática – R$ 128.990
XE 4x4 – R$ 98.990
SE 4x2 Attack – R$ 98.990
SE 4x4 Attack – R$ 106.990
LE 4x4 manual – R$ 118.990
LE 4x4 automática – R$ 126.490
LE 4x4 Attack automática – R$ 128.990
Frontier tem novidades no motor 2.5 16V, mas não há mudanças visuais (Foto: Rodrigo Mora/G1) |
Resumindo: a distinção de potência e torque não ocorre mais por versões, e sim por tração. Os modelos 4x2 têm 163 cv e 41,09 kgfm e os 4x4, 190 cv e 45,8 kgfm. Segundo a Nissan, potência e torque são até 32% e 26% maiores, respectivamente. Não há mudanças visuais e as medidas continuam as mesmas: comprimento de 5,23 m, distância entre-eixos de 3,20 m, 1,85 m de largura, 1,78 m de altura. A capacidade de carga é 1.015 kg a 1.030 kg, dependendo da versão.
Picape da Nissan enfrentará rivais mais atuais a partir deste ano (Foto: Rodrigo Mora/G1) |
Impressões
O G1 experimentou a Frontier 2013 (na versão SE Attack 4x4, equipada com câmbio manual de seis marchas) num percurso de aproximadamente 40 quilômetros, que alternava trechos com pavimentação totalmente deformada (fora-de-estrada) e a rodovia Castello Branco, em São Paulo. Em momento algum faltou força à picape, que parece não se intimidar mesmo diante dos obstáculos mais difíceis – e a tração 4x4 sequer foi solicitada. A cabine chacoalha bastante, como em qualquer outro modelo da categoria, mas no final das contas a Frontier atravessa o que vê pela frente sem preguiça. Quem busca uma opção não só para usar na cidade, mas também com valentia para tarefas mais brutas, a Frontier é a picape ideal.
Na estrada, o utilitário demonstrou segurança nas ultrapassagens e firmeza em velocidades de cruzeiro. O motor ganha força rapidamente, exigindo que o motorista troque de marchas num curto intervalo. O único incômodo foi a total apatia em rotações muito baixas, que exigiam uma redução que, habitualmente, seria desnecessária.
Concorrentes Frontier (Foto: Arte/G1) |
O problema está no arsenal de novidades das rivais, que vai além do acréscimo de potência e torque no motor. A Toyota Hilux foi reestilizada e ganhou motor bicombustível; a Volkswagen Amarok ganhará, nos próximos meses, câmbio automático de oito marchas e motor mais potente; e Ford Ranger e Chevrolet S10 apresentarão verdadeiras revoluções.
De setembro de 2009 a dezembro de 2011, a Nissan Frontier elevou sua participação no mercado de 5,6% para 10,9%. Tiago Castro, gerente de Marketing de Produto da marca, já admite que o crescimento será menor a partir de agora e prevê: “esperamos vender 16.000 unidades em 2012, o que colocaria a Frontier na quarta posição em vendas”. No ano passado, o ranking de emplacamentos apresentava a S10 como líder, seguida por Hilux, L200, Ranger, Frontier e Amarok. Ou seja, a Frontier ganhou potência, mas vai sair pouco do lugar.
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