Social Icons

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Primeiras impressões: Mitsubishi ASX

Mitsubishi ASX traz versatilidade ao segmento de
crossovers (Foto: Divulgação)
Marcas que tradicionalmente investem em veículos 4X4 começam a deixar de lado a cara fechada e o visual grandalhão de seus veículos. O investimento, agora, está em uma aparência elegante, que atraia o público mais urbano. Tal perfil se resume naquelas pessoas que necessitam de um carro com tração nas quatro rodas em poucas ocasiões. Os ícones para este movimento são o Land Rover Evoque e o Mitsubishi ASX, este último testado pelo G1 na versão topo de linha, AWD.
A ideia da fabricante foi desenvolver um crossover que atenda gostos de faixas etárias nada parecidas, dos 22 aos 60 anos.Para conseguir equilibrar tantos mundos, a Mitsubishi se concentrou em desenvolver um modelo com muitos recursos tecnológicos, mas também com comandos simples. A começar pelo sistema 4X4, que é acionado com o simples giro de um botão, mas que pode ficar, inclusive, em modo automático para ser ativado conforme o carro ‘sentir’ a necessidade.
Na versão de entrada, à venda por preços a partir de R$ 79.990, o sistema não é oferecido. Opção que possibilita aqueles nem um pouco interessados na tração 4X4 a não arcar com o custo adicional por algo que ficaria obsoleto. A versão com o sistema tem preços a partir de R$ 96.990.


Na primeira versão desta reportagem, a tabela acima indicava o peso bruto do ASX (1.970 kg), que foi posteriormente substituído pelo peso em ordem de marcha (1.440 kg), também citado para seus concorrentes.


Acabamento

Como se trata de um modelo essencialmente urbano, com fortes concorrentes, a Mitsubishi apostou nos detalhes de acabamento, embora o painel seja simples. A começar pela textura dos plásticos de alta qualidade, que os japoneses definem como “de pêssego”. Realmente, ao tocar o material, sente-se uma textura mais para o aveludado. Já os bancos foram desenvolvidos sem costuras, para não marcar a pele, especialmente de mulheres com o hábito de usar saias.

Aliás, um dos destaques do carro são os bancos, com espaço para abrigar cinco pessoas de forma confortável e com todos os cintos de três pontos. O que fica ao meio do banco traseiro, inclusive, é instalado diretamente no encosto. Isso evita parafernálias que estragam o visual do carro, como acontece no Honda Fit, por exemplo.
A carroceria não ficou de fora da lista de detalhes minuciosos. As versões com tração nas quatro rodas, por exemplo, podem ser identificadas pelo friso cromado na grade frontal do carro. O AWD CVT tem ainda disponível como opcional o teto de vidro panorâmico, que vem com iluminação interna em LED.

Carro para quem tem chácara

É a versatilidade do carro que chama a atenção de quem dirige o modelo, cuja sigla significa Active Smart X-over (crossover). Acionado por meio de um botão, o motor 2.0 de quatro cilindros e 16 válvulas com comando variável (MIWEC) e injeção direta de combustível desenvolve 160 cavalos de potência, o que garante bom desempenho ao carro com a relação peso potência de 8,4 kg/cv. O torque máximo é de 20,1 kgfm.
Na versão manual, o modelo possui câmbio de cinco marchas. Se a opção do cliente for pela transmissão automática CVT (transmissão de variação continua), testada pelo G1, ele contará com um sistema sequencial de seis velocidades, com direito a paddle shifters no volante.
Todo o conjunto traz um carro que tem como principal característica a redução do consumo de combustível e não o desempenho de um jipe. Quem esperava por um carro para arrancar na estrada e encarar aventuras em trilhas complexas, pode esquecer. Mas ele é ideal para quem tem chácaras ou sítios em locais mais isolados, com estradas de terra nem sempre acolhedoras.
No perímetro urbano, o carro agrada pela agilidade, mas a suspensão firme, ideal para percursos off-road, incomoda um pouco ao passar por buracos e valetas. Porém, de forma geral, o crossover cumpre muito bem a proposta de mix de asfalto com terra.


Mitsubishi ASX tem bom desempenho em estradas de terra (Foto: Divulgação)

Acabamento interno do ASX é cuidadosamente
trabalhado, porém simples (Foto: Divulgação)
Carros não perde a linha

Para ajudar, condutor e passageiros contam com assistente de subida (HSA), que impede o veículo de recuar em subidas acentuadas, sistemas de freios ABS (anti-travamento) com EBD, que distribui o esforço de frenagem entre as quarto rodas, controle ativo de estabilidade e tração (opcional), freio a disco nas quarto rodas, airbag duplo frotal — na versão topo de linha, são nove airbags de série, entre eles, o de joelho — e encosto de cabeça protegidos do efeito “chicote”.
Em estrada de terra bem acidentada e cheia de pedregulhos, que prejudicam a estabilidade de qualquer carro, o ASX não perde a linha, mesmo pisando mais forte no acelerador e encarando em cheio as irregularidades do solo. O que pode ser muito bem conferido pelo G1, que percorreu com o carro por diversas estradas do interior paulista.
Com vantagem de preço perto de seus concorrentes — a versão topo de linha testada, a AWD com teto solar panorâmico e luzes de xenônio inclusos, sai por R$ 102.990 e, sem o item, por R$ 96.990 —, a Mitsubishi conseguiu desenvolver um carro que acerta em cheio a sua proposta de vendas e, curiosamente, agrada pessoas de qualquer idade.

Nenhum comentário:

 

visualizações de página